Como a sua empresa atua em relação à inclusão de pessoas com deficiência? Nós queremos saber e vamos te ajudar. Essa é uma preocupação importante, já que a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho não é apenas para que a empresa esteja de acordo com a legislação vigente, mas também para que possa aproveitar devidamente os conhecimentos do profissional que possui deficiência.
Sem contar que, cada vez mais, o consumidor está atento a temas como inclusão de pessoas com deficiência. Muitos já avaliam isso antes de se tornarem clientes de uma empresa.
Independente do objetivo, é necessário que a empresa faça todas as adequações necessárias para proporcionar uma inclusão verdadeira de pessoas com deficiência. Veja quais são elas.
1 – Siga a indicação da lei sobre processo seletivo de pessoas com deficiência no mercado de trabalho
Empresas com mais de 100 colaboradores devem, obrigatoriamente, contratar pessoas com deficiência. A Lei 8.213, também conhecida como Lei de Cotas, está vigente desde 1991 e determina a seguinte proporção em relação às contratações da equipe:
- de 100 funcionários até 200 funcionários: 2% de funcionários portadores de deficiência;
- entre 201 e 500: 3%;
- entre 501 e 1000: 4%;
- a partir de 1001: 5%.
2 – Adapte a seleção
Isso faz com que o processo de inclusão deva começar já na hora da seleção de candidatos. Afinal, para interagir com uma pessoa surda, por exemplo, será preciso se comunicar por meio de LIBRAS.
Se o candidato for cadeirante, se a estrutura dificultar o acesso, toda a experiência já será frustrante. Por isso, a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho vai além de cumprir a cota determinada na lei. É preciso aperfeiçoar o processo seletivo.
Para isso, é indicado considerar:
- Adequação do local e do formato da entrevista: o processo seletivo deve ser igual para todos, mas o processo deve levar em conta a deficiência. Se a pessoa for deficiente visual, é preciso oferecer um documento em braille para ela ser. Se for deficiente auditiva, é necessário se comunicar por meio de LIBRAS, o que pode ser feito, por exemplo, com ferramenta tecnológica, e assim por diante;
- Competência para a função: a avaliação da competência para a função deve ser feita da mesma forma que para os demais sem deficiência. Assim, o foco deve ser na aptidão do candidato às atividades;
- Capacidade de exercício da atividade: é preciso considerar o tipo de deficiência do candidato para indicá-lo ao cargo em que ele possa desempenhar a sua função como qualquer outro integrante da equipe;
- Cuidado ao exigir experiência anterior: embora a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho seja amplamente discutida, elas ainda têm dificuldade em encontrar uma oportunidade. Por isso, é provável que o profissional não tenha experiência anterior e isso deve ser levado em consideração.
Tenha atenção à acessibilidade
Além de um processo seletivo adaptado, é preciso se preocupar com a estrutura da empresa para promover a inclusão de pessoas com deficiência na rotina de trabalho.
Isso pode ser feito por meio de um mapeamento de acessibilidade. Com ele, será possível identificar locais já adaptados, bem como as melhorias que devem ser feitas para promover a inclusão de pessoas com deficiência.
Na sequência, a empresa deverá se adequar à Norma Técnica Brasileira número 9050 (NBR-9050). Para isso, é preciso identificar se há problemas, como:
- estruturais: barreiras físicas, ausência de rampas de acesso ou de elevador, adaptação de banheiro, entre outros;
- dificuldade de comunicação: falta de informativos em braile ou pelo desconhecimento de LIBRAS por parte da equipe de recursos humanos ou gestores;
- instrumentos de trabalho que não permitam ou dificultem o uso por pessoas com deficiência.
Prepare a equipe para também incluir pessoas com deficiência no mercado de trabalho
A inclusão de pessoas com deficiência também envolve o time de trabalho. Além de ajustar o processo de seleção e a parte física, é necessário fazer com que a equipe esteja pronta para incluir.
Todos devem estar preparados para tratar o colega com respeito e sem preconceito. Esse ponto começa no setor de recursos humanos, responsável pela seleção e pelo acolhimento.
Mas perpassa pela cultura da organização, da implicação de líderes e gestores, cujo papel de exemplo pode promover a pluralidade. Assim como no investimento em palestras de conscientização e cursos de adaptação.
Preocupe-se com a ergonomia para possibilitar a inclusão
É preciso se preocupar com a segurança e conforto do deficiente dentro da empresa. Além de motivar o colaborador, isso faz com que ele possa ter mais autonomia.
Sem contar que irá garantir segurança na hora de usar um equipamento ou de transitar pelo local de trabalho. Para isso, é preciso investir em itens como, por exemplo:
- sinalização tátil;
- sinalização sonora;
- sinalização visual;
- adequação de banheiros, com portas que permitam a passagem de cadeira, barras para que a pessoa se apoie, entre outros;
- rotas acessíveis.
Esses cuidados são essenciais para a inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Afinal, o ambiente inclusivo também deve considerar as disposições físicas e de segurança para esses profissionais.
Capacite supervisores e chefes de equipe
O RH deve estar preparado e os demais colaboradores devidamente instruídos. Atitudes preconceituosas também devem ser punidas, mas para que tudo isso caminhe bem, as pessoas que ocupam cargos de chefia precisam estar prontas para isso.
Por isso, essas pessoas precisam ser treinadas e capacitadas. É necessário que elas conheçam a realidade das limitações existentes para esses profissionais facilitando o relacionamento.
Entretanto, ao mesmo tempo que a inclusão de pessoas com deficiência exige a adaptação do ambiente, é preciso manter uma relação profissional. O contratado deve ser bem recebido, como qualquer outro colaborador. Lembre-se de que um tratamento diferenciado pode resultar em constrangimento.
Para que isso aconteça, a capacitação de chefes de equipes e supervisores se faz necessária. Assim, os líderes estarão prontos para fortalecer as iniciativas de conscientização e melhorar o ambiente laboral. Assim, podemos concluir que a inclusão de pessoas com deficiência depende de:
- alterações físicas;
- adaptações ergonômicas;
- treinamento e informação da equipe.
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